Thursday, July 28, 2005

Como dizer?

O bom de não arrumar o quarto é que às vezes a gente acha coisas que putz! [...]

Isso aí são partes de um texto que eu escrevi faz tempo já... 2003? 2004? Dúvida imperando em minha fraca memória :]

Não é difícil constatar que a felicidade independe. Independe de quê? Verbo transitivo indireto. Ah, depende. Depende do ponto de vista. Mas a felicidade à qual me refiro é sinônimo total da chamada paz interior. Sentir-se feliz consigo mesmo; realizado- ah, que sentimento bom! Paz, serenidade. É inútil estar sempre insatisfeito com quem é, com a vida que leva. Porém, não sou contra a reciclagem. Reciclagem de conceitos. De preferências. De personalidade. Pra que fazer da vida uma estrada que só pode ser percorrida em linha reta? Olhe ao redor, sim. Por que não olhar para trás? Estabeleça relações com o presente, sinta que cresceu. Dê voltas, curvas, cambalhotas. Recicle. Não hesite.

Ser feliz independe de amores, de dinheiro, de posses. Hipócrita seria dizer que os mesmos são dispensáveis. São ingredientes importantes, sim. Mas toda a idéia de felicidade vai pelo cano na medida em que haja uma dependência. Depender de não é precisar de. Anos-luz. "A vida é uma só, minha cara", um dia me disseram. Sim, busco e vivo o que é bom. Princípios. Limites. Ah, os limites. Lembro-me bem deles. Passei a conhecê-los após ter acertado, errado, vivido. E eles foram sendo apresentados a mim num ciclo infinito de ações. Ou teria sido finito? Enfim.

Nunca fui fã de fins, embora sempre tenha respeitado os períodos das coisas. Fins são tristes. Tá, tudo contribui para que cresçamos. Crescimento esse gradativo e infinito. Infinito? É, sem fim. Eu particularmente gosto de sofrer. Não sempre. Ah, posso reformular? Acho que gosto de ter sofrido. Faz parte do crescimento, também. Não faz sentido crer que uma vida saudável se forma somente a partir de realizações boas. Há sempre o lado negativo lá. Para que negá-lo, para que ignorá-lo? Enfim, quando digo que não gosto de fins, por favor, possível leitor, não assimile, de imediato, a dores. Dores terríveis!- não! Digo que não gosto de fins por serem fins por si só. Não gosto de imaginar finais. (...)

Viver cada um a sua vida, seriedade, displicência, coletividade até. É imprescindível realçar a idéia de que nunca se deve deixar de acreditar. Aproveitar. Tudo segue. Não pare. O tempo corre. Muito rápido, por sinal. Estamos de passagem? Sei lá. Mas a experiência é única. Única, insisto em repetir. (...)

{chega}

xxx

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Thatááá!!!
Vc é incrivel... quanto mais te conheço mais admiro...
Realmente amei tudo o que li...
Um grande beijoo.
obs: já pensou em ser jornalista?
vc deveria considerar esta opção. hehe

Beijos enormes!!!

12:41 AM  

Post a Comment

<< Home