Wednesday, November 30, 2005

A outra face da verdade - parte I

É preocupante a perda de autenticidade que vem se fazendo presente nos últimos tempos. Há quem acredite em tudo, há quem duvide de tudo. Ao que deve ser atribuído crédito? Como saber? Intuição?

A Revolução Técnico-Científica gerou a tão famosa internet. Internet essa que é algo tão interligado, tão aberto, mas ao mesmo tempo tão fechado. Embora eu acredite que seja um bom meio de comunicação, mas não o melhor (emoção: 0,1%), a cada dia, mais pessoas se fecham nesse hábitat computador + cadeira. Antes eram os bate-papos que estavam em alta. Mas como fazer das conversas algo mais sólido, mais único, mais preservado? O reservado não foi suficiente. Daí, veio a febre do ICQ. I seek you, todos eram conhecidos por números, identificados por números. E aí então quem quisesse conversar em grupo, também podia. Mas a conversa em dupla se tornara mais fácil.

Tudo se atualiza. Começa a rivalidade entre programas de chat. Alguém havia previsto isso? Chega o MSN para ser o grande rival do ICQ. Até então, as conversas eram realizadas e, muitas vezes, entre desconhecidos. E quem me garante que o cara do bate-papo era genuíno? Quem me garantia que o cara do ICQ procurando gatinhas era 100% verdadeiro?

E então vem outro recurso de identidade: a foto. Meu prof. de Português dizia: "Se te dizem que viram teu namorado com outra na rua, você não dá tanto crédito... você acredita no seu namorado... mas se aumentam a quantidade de detalhes, por exemplo: Vi teu namorado com uma bermuda da Rip Curl, com uma menina baixinha, de cabelos longos, usando boné... sendo que os detalhes se adaptam à realidade, a hábitos regulares e até mesmo a desconfianças... você passa a acreditar mais". Com a foto, a identidade se torna mais suscetível à atribuição de crédito. Mas, ainda me pergunto: e aquela foto? É daquela pessoa mesmo? Deixo meu lado cético de lado e continuo com o pensamento em mente de que a mentira realmente precisa de bengalas.

"Desabrocho na minha dúvida, faço da vida um presságio e da verdade um pressentimento".

Friday, November 18, 2005

Roda gigante - parte II

http://avidaporextenso.blogspot.com/2005/07/tempo.html


Justamente. O tema de redação da prova da UFRJ.

Friday, November 04, 2005

Quem se precipita é a chuva (ou deveria)

Ser precipitado é diferente de correr riscos calculados. Ser precipitado é, indubitavelmente, ter pressa. E eu vos pergunto, meu Deus do céu, pressa pra quê? É impossível, porém, não ter pressa uma vez ou outra. Natural. Mas há casos em que pode ser evitada. Não há?

É formar opiniões, gerar conclusões e tomar decisões com relação a algo do qual nem se tem certeza; é marcar a alternativa C da prova porque parece correta, sem ler as demais; é comprar um produto X em algum lugar e, por causa da pressa, não procurar pelo mesmo produto X em outro lugar - e depois até achá-lo, em qualquer um outro lugar, por um preço melhor, qualidade melhor etc; é dizer "eu te amo" e uma semana depois desconhecer tal sentimento. Hmm, bem comum.

Gerador de arrependimento?

Enfim.

"Se tudo fosse perfeito, o mundo seria uma esfera polida onde nada poderia ser feito e tudo seria repetido".