Thursday, October 27, 2005

Algumas músicas que a gente não pode viver sem (e o motivo pelo qual a vida sem elas não é a mesma coisa)

1. O Mundo dá Voltas - CPM22 (porque a música diz tudo e todo mundo sabe q o mundo gira mesmo)
2. Aquela Coisa Toda - Oswaldo Montenegro (porque lembrar é preciso)
3. Beija Eu - Marisa Monte (porque beijar é preciso)
4. Where do I begin - The Chemical Brothers (porque dançar - mesmo que vc não saiba - também é preciso)
5. Grace - Jeff Buckley (porque todo mundo tem que ouvir Jeff Buckley - pelo menos uma vez na vida)
6. Amizade Sincera - Renato Teixeira (porque de um jeito ou de outro, amigos são pra vida toda)
7. Everybody's Changing - Keane (porque as pessoas mudam mesmo e pro bem ou pro mal não tem muito o que a gente possa fazer pra melhorar isso)
8. Solsbury Hill - Peter Gabriel (porque de vez em quando é bom ouvir as estórias dos outros pra pensar um pouco sobre a nossa)
9. O Sonho é popular - Engenheiros do Hawaii (porque, infelizmente, o sonho - por melhor que seja- é uma mentira repetida)
10.Melody of You - Sixpence None The Richer (porque seria interessante se todo mundo conseguisse se entregar desse jeito)
11. Donna e Blitzen - Badly Drawn Boy (porque ninguém pode gostar de música sem gostar de Damon Gough)
12.Where Have All The Good People Gone - Sam Roberts (porque essa é uma pergunta muitas vezes sem resposta)
13.Tanto Amar - Chico Buarque (porque todo amor podia ser assim)
14.Temporal - Pitty (porque a gente nunca sabe o que nos aguarda na próxima esquina)
15.Oh!Chuva - Falamansa (porque o forró do Falamansa é uma beleza né!)
16.The Importance of being Idle - Oasis (porque o título já diz tudo e é bom ter sempre tempo pra nós mesmos)
17.Let's Talk - Coldplay (porque uma boa conversa é fundamental)
18. Sky Starts Falling - Doves (Ah! porque a música é boa mesmo)
19. Photograph - Nickelback (porque a gente sempre tem um ou outro momento registrado que valeu muito a pena e porque é legal ter alguma coisa pra guardar de lembrança)
20. O silêncio das Estrelas - Lenine (porque o que é que a gente procura, afinal?)
21. Flowers in the Window - Travis (porque nunca se sabe)


...e a lista continua


"Truth is confusing" ;)

Friday, October 21, 2005

Darwin nunca falou sobre o mais forte...



Têm fases da nossa vida q a introspecção parece se tornar um martírio.Mudanças de valores,interpretações, abordagens...como é difícil adequar e expressar o q sentimos e pensamos através de nosso comportamento q é limitado por todas essas variantes externas(desde do seu próximo até o capitalismo). A constatação de sentimentos como possessividade , orgulho,egoísmo,vaidade em si próprio gera uma espécie de humildade silenciosa inconformada (bem “Velvet Darkness They Fear” isso neh?^^)
Diante disso, questiono como alguém pode exercer um senso critico , sem uma analise de si próprio?Levando em conta o pq da sua opinião.Pq vc pensa assim?.Sei q naum é fácil, é com certeza um exercício pra toda vida,mas creio q valha a pena.Quem nunca se arrependeu de proferir certas palavras, de ser levado pela vaidade ou até de inocentemente esquecer de algo q realmente não podia ser esquecido.
O mundo dá mtas voltas, sei q os erros do passado ensinaram mt,e podem ensinar mt mais, porem não concordo com pessoas q estufam o peito e dizem: “eu naum me arrependo de nada q eu tenha feito , se eu voltasse no tempo faria tudo de novo”. Pelo contrário isso me soa como um híbrido de fuga e orgulho exacerbado.Somos todos uma metamorfose ambulante e isso naum pode ser usado de álibi pra naum nos arrependermos de nossos erros.
Nossos valores podem mudar mais rápido do q pensamos, mas não devemos mudá-los simplesmente por tê-los ferido.


[(...) Com efeito, nenhuma forma de vida é pura espontaneidade.
Muito cedo nos é imposto o sentimento dos limites que nos
cercam de todos os lados: limites do corpo, limites oriundos
das coisas, que resistem e contra as quais é preciso usar astúcia,
limites resultantes da presença dos outros, em todas as épocas
da nossa existência. Mas, se pelo pensamento suprimimos
todos esses obstáculos, torna-se evidente que suprimimos
ao mesmo tempo as razões que temos para agir e para afirmar
nossa liberdade, pois toda vida é luta, e o obstáculo é o que
nos permite existir, fazendo-nos tomar consciência da nossa
vontade, resistindo a nós mesmos. Só existe liberdade absoluta
na solidão e, finalmente, na morte. (...)][OS ERROS DA LIBERDADE – PIERRE GRIMAL]

Monday, October 17, 2005

Era assim

No quarto, eles discutiam. Tudo era motivo para gerar discussão: pareciam gostar daquilo. Quem sabe gostavam de pôr para fora tudo que estava preso dentro de si mesmos? Ou eram adeptos da idéia de que em todo relacionamento deve haver brigas, desentendimentos etc. Traziam à tona até mesmo assuntos antigos, que faziam parte do passado. Assuntos esses, muitas vezes, que não eram interligados. Ela, por exemplo, tentava relacionar o fato de ele ter saído com os amigos na noite passada com o fato de ele não lavar a louça. Ele reclamava que ela era consumista e, logo em seguida, comentava que ela não lhe dava carinho suficiente. Era assim: reclamações atrás de reclamações, sem muito a ver umas com as outras. Era como se não tivessem um tema definido sobre o qual discutir: era como se tivessem tirado o dia para desabafar tudo que vinha incomodando-os. Ou não: nem todas as reclamações feitas incomodavam tanto. Havia uma certa implicância. Toda aquela briga porque ele queria assistir ao jogo do Real Madrid, e ela, à novela das oito.

Já com a TV desligada, houvera acabado a discussão. Temporariamente? Silêncio. Ela decide ir ao banheiro. Ele sabia bem como atingi-la: era rude ao falar. Chegou a perguntar se ela havia casado com ele ou com o shopping. Até que caiu a ficha: eles eram adultos. Ele foi atrás dela sem deixá-la saber: ficou na porta do banheiro à sua espera. E aí, veio o sentimento de culpa: ouviu-a chorando. Ela soluçava, mas procurava discrição. Chorava pausadamente. Ele chegou a atribuir toda a culpa por aquilo tudo a ele mesmo: o mal-estar por ouvi-la chorando era maior que o próprio orgulho, que sempre tomava conta. Agora o que tomava conta era a inquietude. Que agonia ele sentia.

Finalmente, o barulho da trinca da porta. Ela não esperava vê-lo ali. Seus planos eram ir à cozinha e esperar que ele fosse procurar por ela. Ela estava surpresa. Ele a abraçou logo que a viu. A impaciência tivera dado lugar à vontade de reconciliação. Um pediu desculpas ao outro e prometeram ser mais compreensíveis dali em diante. Fizeram amor. Ela disse a ele que o amava. Ele disse a ela que a amava mais ainda.

Ele ligou a TV, esperando que conseguisse assistar ao finalzinho do jogo do Real Madrid. Ela foi à cozinha. Preparar o jantar.

Sunday, October 16, 2005

Ele e ela

Já é a quarta vez que eles se encontram. Ela sente que está se apaixonando, mas algo - que nem ela mesma sabe o que é - a prende. Ele não sabe o que ela quer. Ela sente o desejo nos olhos dele, mas sabe ser indiferente. E cínica. Ela gosta de se sentir no controle. Ela gosta de saber que tudo depende dela. E ela sabe que um olhar diferente pode estragar o ritmo das coisas. Ela toma cuidado. Ela quer, mas gosta do jogo. Não dá espaço sequer para ele. Ele se impacienta e se revolta. E se conforma. Ela o sente estranho. Ele sabe demonstrar que desistiu. Tem medo, não ousa ser ousado. Ela se lamenta. Dias depois, o vê com outra. O mundo cai. Será mesmo que ele a queria? Ela toma coragem. Telefona para ele. O quinto encontro será diferente, pensa ela. Fazia tempo que não se viam. Embora surpreso, ele decide ir. Ela é fascinada pelo olhar dele, mesmo que agora um pouco retraído. Ela, entregue a ele, já não vê por que disfarçar. Ele nota. Acha estranho. Ele abstrai. E corresponde. Os dois se beijam, intensamente. Como se, finalmente, o que devia ter acontecido há anos, estivesse acontecendo. Ele abre os olhos e pergunta por quê. Ela abre os olhos e diz que agora tem certeza de tudo. Que o quer. Que quer estar com ele. Ela perdeu os medos. Tem orgulho de si mesma. Beija-o novamente. Ele interrompe e diz que ela poderia ter demonstrado aquele desejo antes. Diz que ela poderia ter mudado as coisas. Que tudo dependia dela e que ela sabia disso. Que o medo deve ser vencido antes que seja tarde demais. Que... Ele fala com calma para não assustá-la, mas é direto. Ele fala sem parar. Ela ouve assustada. No dia seguinte, ele estaria se mudando para a França.

Saturday, October 15, 2005

Linguagem

-Oi fulano, tudo bem?
-Oii, tudo bem?!

{andando} -Oiê, tudo bom? ...{continua andando}
{grita} -Opa! Tudo bom?!

-E aí, beleza?
-E aí!!! Beleza?



É isso que eu tenho observado. Cadê as respostas afirmativas a essas perguntas? O gato comeu? =p



...Aliás, não tenho um papo interessante e cabeça com alguém faz tempo. Trocar idéias. Tantas cabeças pensantes por aí... Pendurarei uma placa "Procura-se" na porta da minha casa =]

15 de outubro

Parabéns a nós, professores!

Profissão linda! =] Muitas profissões são bonitas - cada uma tem sua importância - mas o passar de conhecimentos me encanta.

Eu, professora? Eu não cogitava a possibilidade. Há horas em que é inevitável pensar em alguma coisa e buscar uma ligação a si. Por exemplo, já pensei em Medicina e logo me imaginei como uma linda doutora! Usando branco, visando o bem-estar e a cura das pessoas. Eu??? Não... não dá. Bizarro. Esse mesmo tipo de repulsão acontecia quando tentava me imaginar dentro de uma sala de aula. Agora não me vejo fora de uma.

Talvez eu tenha tomado tanto gosto que tenha me viciado. Deixo claro a todo mundo: eu me realizo. Foi uma descoberta e tanto. Continua sendo. Entro numa sala de aula e parece que mudei de planeta: me sinto bem longe, me relacionando com mil tipos de pessoas diferentes. Rio, converso, ouço, ensino, aprendo. Feedback. Digo "see you, guys" com alegria no coração ao ver o brilho nos olhos de cada aluno dizendo "see you next class, teacher". Saio de lá de bem com a vida, no matter what.

É uma satisfação indescritível. Olho pra trás...

...como eu mudei. Evoluí, cresci!



Prometo que serei menos umbilical nos próximos posts. =]


Ser professor é ter a capacidade de sair de cena sem sair do espetáculo/ Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena/ se o aluno sentir-se feliz/ Ser Professor é ser artista, malabarista/ escultor, pintor, doutor, musicólogo, psicólogo/ É ser mãe, pai, irmã, avô, avó... Só?/ É ser palhaço, estilhaço, bagaço/ É ser ciência e paciência/ É ser informação e sensação/ Para uns é Cristo/ Para outros demônio/ Para estes mal vistos/ Para aqueles um sonho/ É ser bússola, é ser farol/ É ser luz, é ser sol/ Incompreendido? E muito/ Definido? Nunca/ Para quê ser Professor?/ É vício ou vocação?/ É uma coisa e é outra/ É ter nas mãos o mundo e não ter nada/ Amanhã seus filhos se vão/ Enche o mestre de mãos vazias/ Tendo partido o seu coração/ Recebe novas turmas,/ Novos olhinhos ávidos de cultura/ No firmamento da Pátria/ Fica a saudade, a amizade.../ O pagamento real? Só na eternidade...

Thursday, October 06, 2005

Tudo a ver



Eu gosto de sorrisos.

Esboçar sorrisos genuínos. Me derretem por dentro. Totalmente. Sorriso sem graça, sorriso de alegria, sorriso transformado em gargalhada, sorriso inesperado, sorriso malvado, um riso. Autêntico.


E por que é que meus braços balançam quando ando? Tentei deixá-los estáticos, mas logo voltaram a balançar, sem mesmo que eu quisesse.


Já era tempo de atualizar isso aqui. Tudo anda tão corrido que acabei me desligando deste assim chamado diário virtual. Semana de provas no cna, a pressão do vestibular. "Vocês acham que todos aqui nesta sala vão passar? Claro que não. Vivemos, hoje, numa sociedade em que a competitividade é imperatriz". Caraca. Ouvir isso foi um tanto quanto impactante. Mas é verdade.

Não só venho me matando por causa do vestibular pela vontade imensa de passar - ah, eu pensei em sair do cna, mas meu trabalho lá é tão valioso pra mim... eu me apaixonei por aquilo e quando eu me apaixono, é pra valer - mas também pelo medo de não passar. Somos ou não somos motivados a fazer certas coisas pelo medo de que as mesmas não dêem certo?

Eu não sei o que vou fazer se eu passar. A felicidade, imagino eu, vai ser maior que mim mesma. Vem sendo difícil conciliar trabalho/estudo sim, mas quem é que disse que eu gosto de facilidade? Vida mansa, no way. Assim que é bom. Chegar em casa cansada, sabendo que o dia seguinte está por vir. Atividade.


A relação entre empregador-empregado, muitas vezes, é estreita. A condição de líder à qual o ser humano gosta de estar submetido é impressionante. Hierarquia existe, sim. Autoridade, também. Ser autoritário já são outros 500.


E eu voto não. Não acredito que o desarmamento vá de fato ocorrer. Bandido é, pra sempre, bandido. O nosso país já passou por crises piores. Desarmar o povo não vai resolver o problema. E é óbvio, o povo do mal entrará nos lares do 'povo do bem' já ciente de que não irá deparar com resistência para tal.


Aliás, que nojo essa cidade. Não, não é nojo dela, é nojo da situação na qual ela se encontra. É um oceano de lixo nas ruas. Parece que é maior que o próprio ser humano: deixar sua marca por onde passa. Eu simplesmente balanço a cabeça negativamente quando avisto um ser inútil sujando o chão. Caramba, procura uma lixeira. E o pior: por que não levar um saquinho e uma pazinha, quando for passear com o cachorro? Será que é muito? Não tivesse cachorros! Que questão nojenta e individualista. A privada dos donos deveria entupir para sempre, obrigando-os a tê-la sempre cheia, enchendo sempre, até preencher toda sua casa. {mundo de bobby}

Não, é sério. Já perdi a conta de quantas vezes fui pega por alguns alunos meus, na área do cna, lavando meus tênis. Ah, absurdamente ridículo!

Lastimável que às vezes não pensemos nas conseqüências. Tudo sempre tem conseqüências. De um tempo pra cá, tenho sido até mesmo cautelosa com o que digo. O que me certifica que o que eu digo não será reportado depois? E o que me certifica que não haverá modificação alguma? É...é difícil. São conseqüências que realmente pesam. É confiar demais e se decepcionar; é se entregar demais e se arrepender; é fazer pouco e achar que poderia ter feito mais; é fazer demais e depois perceber que poderia ter feito menos, enfim, sempre é tempo de se pensar antes de fazer. Às vezes o pensar é dispensável... :p raro.


Bem... termino esse post com um trecho de Clarice:

"O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição."

...deixando claro que nunca perdi a esperança.

Esperança.
xx