Saturday, December 31, 2005

Quatro minutos

(03:02:17) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: oi
(03:02:33) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: oie!
(03:02:57) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: td bem?
(03:03:40) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: ae, tu tem msn?
(03:02:58) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: sim
(03:03:04) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: deixa eu te add?
(03:03:05) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: como és fisicamente?
(03:05:02) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: deixe eu te add no msn!
(03:05:19) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: me fala como és antes.
(03:05:31) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: arg, conversaremos pelo msn, é mais fácil =)
(03:06:01) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: o q custa dizer como és? tão rápido, pelo msn teremos detalhes.
(03:06:42) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: o q tu quer saber de mim? eu odeio e nan sei me descrever =/
(03:07:15) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: como é o teu corpo?
(03:07:22) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: o q os homens mais gostam em ti?
(03:07:34) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: queria eu saber!
(03:07:52) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: como é os teus peitos, coxas e bunda?
(03:08:08) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: aff.... fala sério hein?
(03:08:17) sozinho (reservadamente) fala para tha_ sem sonoo: tchau
(03:08:22) tha_ sem sonoo (reservadamente) fala para sozinho: tchau! uashuah


Que precariedade.

Ingenuidade minha pensar que eu encontraria alguém decente com quem ter uma conversa legal às 3 da manhã numa sala de bate-papo.

Ai, homens. Quem sabe um dia eles percebem que o físico não é tudo? Fica no plano da dúvida mesmo.



( L )³

Wednesday, December 28, 2005

Sorte no amor?

Eu tinha duas canastras limpas e ela, três, além de três sujas. Mas eu tinha os quatro "três vermelhos". Eu tinha 800 pontos até agora e ela, 900. Como ela não havia pego o morto, seus pontos se equalizavam aos meus. Eu bati o jogo. Ganhei mais 100. Eu com 900, ela com 800. Fiquei feliz.

Ela pagou o que tinha na mão, mas tinha muita carta na mesa.

Eu disse:
_Não contaremos as cartas.

Ela disse:
_Contaremos sim.


Ela fez 1220 pontos e eu 1040.


Que tristeza.

Dezenove meses

_Em todo o caso, visto que esta é a última vez que lhe dirijo a palavra, dar-lhe-ei agora uma explicação para tudo isto, o que não me era imaginável há dezenove meses, na noite de nosso casamento.
_O que disser será supérfluo, já sei de toda a história. Não irei prestar atenção ao que disser, pois será contrário ao que na verdade quero ouvir. Cubro meu sofrimento como se estivesse viajando mundo afora enquanto tu dizes tudo novamente. Apenas respondei-me e sê direta pois sabes que odeio rodeios: não há meio de conciliar-nos?
_Ouça-me. Não há meio de paz entre nós. Estás ciente do que fizeste e eu, por fim, estou também. Não sei o que passara em sua cabeça ao pensar que poderia enganar-me e não ter que arcar com futuras conseqüências. Eu pensei que tu fosses diferente, mesmo porque...
_Chega! Já chega. Não agüento mais isso. Tu estás aproveitando o fato de que me engracei com tua amiga Karenna para que tenhas um pretexto para me deixar. Há quanto tempo se relaciona com Joseph?
_Isto não é de tua conta. Éramos no papel, mas nossa vida de casal se tornou incrivelmente insossa há muito e tu sabes disso.
_Apenas tenho uma questiúncula. O que aquele moço tem que não possuo?
_Não é possuir, é saber. Ele sabe me amar e isso gera-me felicidade: a qual tu não foste capaz de me causar.
_Isso não é verdade. Não minta para ti mesma. Eu fiz de tudo para vê-la esboçar um sorriso; eu tentei dar-lhe o meu melhor. Passamos por uma fase ruim e tu me encheste de insegurança: tua amiga abusou de mim! Não consegues ver? Fui fraco, admito. Entretanto, eu teria poupado-lhe de toda essa história, apenas negando-a, se não estivesse arrependido. O que tive com Karenna não representou nada para mim!
_O que tive e tenho com Joseph representa muito para mim. Carrego uma linda criatura de duas semanas dentro de meu ventre.
_Não! Não pode ser! Não terás como provar-me que não pensaste m mim enquanto recebia-o dentro de ti. Tu és minha! Como pudeste doar-se a outro homem?
_Enfim, à minha explicação. Sê um homem maduro ao menos uma vez na vida e escutai-me. Querer alguém ser sem feliz com esta pessoa é amor disfarçado. É posse. É fazer da pessoa um porto seguro. Infelizmente para você e felizmente para mim, não fui capaz de compactuar com sua posse. Além disso, tu eras meu, e respeitou tua vontade de ter Karenna. Respeite a minha vontade, agora. Assine este papel.
_O que é isto?
_É o papel do divórcio. É somente um papel. Estamos divorciados, no viver, há meses.
_Não assinarei coisa alguma! Não assinarei algo o qual é desejado apenas por ti. Eu ainda amo-te e digo-lhe isso do meu mais profundo ser.
_Assinarás o papel sim, a não ser que queiras que eu suma com nosso filho.
_Não. Denis é meu filho também. Se é assim que queres, que assim seja. Que tu saibas ser feliz... sem mim... missão essa que Joseph não conseguirá cumprir.
_Obrigada. Se precisares, tens meu telefone.

Sunday, December 25, 2005

Eu quero beijar a sua boca louca

Quando beijam, 97% das mulheres fecham os olhos. Apenas 30% dos homens fazem o mesmo.

Para beijar, o ser humano movimenta 29 músculos (doze dos lábios e dezessete da língua).

O beijo apaixonado pode significar a aplicação de uma pressão de 12 quilos sobre os lábios.

Uma pessoa troca, em média, 24 000 beijos (de todos os tipos, dos maternais aos apaixonados) ao longo de sua vida.

Um beijo pode repassar 250 vírus e bactérias diferentes. Quando se beija alguém, resíduos de sua saliva permanecem em sua boca por três dias.

Em cada beijo, os dois apaixonados trocam 9 mg de água, 0,7 g de albumina, 0,18 g de substâncias orgânicas, 0,711 mg de gorduras e 0,45 mg de sais.

Um beijo mais afoito no pescoço pode deixar uma mancha. O sangue circula na região da pele por meio de vasos bem frágeis (chamados de capilares). Quando um dos namorados beija o pescoço do outro com mais força, provoca um aumento de pressão no local que pode romper os capilares. A mancha é formada pelo sangue que escapou e ficou preso embaixo da pele. A marca demora cerca de uma semana para desaparecer. É o tempo necessário para reabsorver esse sangue. A mancha vai mudando de cor. De um vermelho claro, elas primeiro escurecem, depois ficam amarelas e finalmente somem. Não existe pomada que acelere o processo!


xx

Saturday, December 24, 2005

Kids

Para os que já tiveram filhos, para os que pretendem ter e para os que terão + 1!! Exercícios práticos para treinamento de futuros papais e mamães: (O grau de dificuldade de cada exercício é equivalente a tratar de uma criança com um ano de idade):

Vestindo a roupinha: Compre um polvo vivo de bom tamanho e vá colocando, sem machucar a criatura, nesta ordem: fraldas, macaquinho, blusinha, calça, sapatinhos, casaquinho e touquinha. Não é permitido amarrar nenhum dos membros. Tempo de execução da tarefa: uma manhã inteira.

Comendo sopinha: Faça um buraquinho num melão, pendure o melão no teto com um barbante comprido e balance-o vigorosamente. Agora tente enfiar a colherinha com a sopa no buraquinho. Continue até ter enfiado pelo menos metade da sopa pelo buraquinho. Despeje a outra metade no seu colo. Não é permitido gritar. Limpe o melão, limpe o chão, limpe as paredes, limpe o teto, limpe os móveis à volta. Vá tomar um banho. Tempo para execução da tarefa: uma tarde inteira.

Passeando com a criança: Vá para a pracinha mais próxima. Agache-se e pegue uma bituca de cigarro. Atire fora a bituca, dizendo com firmeza: NÃO. Agache-se e pegue um palito de picolé sujo. Atire fora o palito, dizendo com firmeza: NÃO. Agache-se e pegue um papel de bala. Atire fora o papel de bala, dizendo com firmeza: NÃO. Agache-se e pegue uma barata morta. Atire fora a barata morta, dizendo com firmeza: NÃO. Faça isso com todas as porcarias que encontrar no chão da pracinha. Tempo para execução: o dia inteiro.

Passando a noite com o bebê: Pegue um saco de arroz e passeie pela casa com ele no colo das 20 às 21horas. Deite o saco de arroz. Às 22:00 pegue novamente o saco e passeie com ele até às 23:00. Deite o saco e vá se deitar. Levante à 1:30 e passei com o saco até 2:00. Deite o saco em você. Levante às 2:15 e vá ver a sessão corujão porque não consegue mais pegar no sono. Deite às 3:00. Levante às 3:30, pegue o saco de arroz e passeie com ele até às 4:15. Deitem-se os dois (cuidado para não usar o saco de travesseiro). Levante às 6:00 e pratique o exercício de alimentar o melão. É permitido chorar.

Repita tudo o que disser, pelo menos cinco vezes. Repita a palavra NÃO a cada 10 minutos, fazendo o gesto com o dedinho. Gaste uma parcela significativa do seu orçamento com leite em pó, fraldas, brinquedos, roupinhas. Passe semanas a fio sem transar, sem ir ao cinema, sem beber, sem sair com amigos. Não é permitido enlouquecer! Se conseguir passar por tudo isto e achar que pode ser feliz, vá em frente. E boa sorte!

O terror das menininhas

Nos tempos de escola, o Ricardinho era o tal. Não possuía aquela beleza extravagante: ele era simples, bonito, 1,70, loiro, olhos claros. Era meio sem jeito, mas havia algo de especial nele. Não era convencido de si mesmo, mas era convicto da reação que causava nas meninas. Quando passava, elas olhavam para ele dos pés à cabeça: acompanhavam todo seu percurso. Os namorados delas que se virassem! Ele era famoso e sabia disso. Gostava disso. Tinha dois amigos inseparáveis com os quais passava o recreio. Ele entrou na escola na oitava série e, antes de concluir o ano, já havia recebido vários bilhetes anônimos. Às vezes, era pego de surpresa: chegava do recreio, abria o fichário e encontrava mais bilhetes. Ele lia todos até o fim, esboçava um sorrisinho e os guardava. Quando ele entrava em alguma sala para entregar alguma coisa à professora daquela turma, era nítida a inquietação das meninas. Os olhares 43. Os sorrisos. Eram marcantes. Ricardinho parecia um artista. Lembro-me de Ana, uma amiga que era uma das fãs dele. Mas ela gostava mesmo: dizia que era uma paixão platônica. E tudo havia começado quando ela entrou no colégio, na sexta série. Era o primeiro dia de aula e como todos se reuniam no ginásio do colégio, todos os alunos se encontravam. Dizia Ana que ela sentou do lado dele e a partir dali, tudo começou. E era platonismo mesmo. Quando Ricardinho apareceu de mãos dadas com uma menina, quebrou o coração e as falsas esperanças de todas as outras. Os bilhetes já não eram tão constantes, elas tinham medo. No segundo ano, já não estava mais namorando, mas já havia virado homem: o que despertava ainda mais interesse nas meninas. Mas ele não correspondia. Essa falta de resposta e mistério levou a abordagens a ele: algumas meninas abusavam da ousadia e chegavam a ele! Ele só sabia rir. Conquistá-lo parecia uma missão inexeqüível.

No terceiro ano do 2º grau, no ano de 2002, Ricardinho saiu da escola. Deve ter passado no vestibular. Outros tomaram o lugar de Ricardinho lá no colégio.

Ontem, na padaria mais famosa do Méier, era o mesmo Ricardinho que eu vi: só um pouco mais magro e mais alto, com a mãe, comprando um franguinho. Ele continua bonitinho.


{essa história é verídica}

Thursday, December 22, 2005

Top Secret

- E aí? Quem você tirou?
- Como assim quem eu tirei? Isso é pergunta que se faça?
- Pô diz aí. Vai ficar de frescura?
- Não é frescura. É amigo secreto. Coisas secretas devem ser mantidas em segredo.
- Ah! Frescura!
- Se é frescura fala o seu então.
- O meu o quê?
- O seu amigo secreto. Quem você tirou?
- Eu falo o meu se você falar o seu.
- Eu falo o meu se você falar o seu.
- Fala o seu primeiro.
- Não, fala você.
- Não, eu perguntei primeiro.
- Então eu não falo nada.
- Então tá.
- Então ta.
- ...
- ...
- Fala aí vai.
- Mas que saco.
- Por favor.
- Mas por que você quer tanto saber?
- Porque sim.
- Me dá uma boa razão que eu falo, do contrário não.
- Não sei se poderia te falar.
- O quê? O que você sabe?
- Não posso dizer.
- Por que não?
- Poderia te envolver demais nisso.
- Nisso o que minha nossa senhora?
- Sabe o que é...
- O quê?
- É uma parada secreta entende?
- Que parada? Me conta cara, você está desconfiado de alguma coisa?
- Bem, não sei se eu poderia te falar maas...
- O quê, o quê?
- Eu suspeito que os resultados foram manipulados.
- Manipulados? Mas como assim?
- Acho que o sorteio não foi isento.
- Isento?
- É.
- E o que isso significa?
- É o que estou tentando descobrir. O Jader disse isso pra mim e não tenho idéia do que ele quis dizer, mas pretendo descobrir.
- Parece grave.
- Ô!
- Nossa.
- É.
- Salafrários.
- Nem me diga.
- Precisamos apurar isso.
- É, me diz aí quem você tirou.
- Não posso.
- Por que não? Você acabou de dizer que temos que apurar isso.
- Eu sei, mas...
- Mas o quê?
- Você pode ser um deles.
- Eu? Um deles? Como assim?
- É. Você sabe demais.
- O Jader que me contou.
- Isso é o que você diz.
- Ah vai. Pára de bobagem.
- Não é bobagem. Não posso tomar nenhum partido antes de saber com quem estou lidando.
- Como assim saber com quem está lidando? Sou eu pô!
- Será?
- Será o quê?
- Que é você.
- Lógico que sou eu. Você não me conhece?
- Não sei cara. Nesses jogos de espiões tudo é possível.
- Cara, o que você está falando? Que espião? Estamos falando de um amigo secreto.
- Exatamente.
- O quê?
- Secreto. Sei como essas coisas são levadas a sério.
- Como assim levadas a sério? Nós usamos um guardanapo de bar para escrever os nomes.
- Pode desistir que você não vai conseguir me confundir. Sei o que está tentando fazer.
- Não estou tentando fazer nada.
- Conheço suas técnicas. Sou perito. Assisti Missão Impossível.
- Ah cara, então tá bom. Quer saber, não fala nada, você vai ver.
- Vou ver o quê?
- Aguarde.
- Aguardar o quê? O que você vai fazer?
- Você verá.
- Me fala cara. Não vou ficar tranqüilo assim. O que você quer dizer com isso?
- Represálias virão. Nós não ficaremos passivos diante disso?
- Represálias? Nós? Passivos? Não! Como assim? Eu não disse nada.
- Você não sabe com quem está lidando.
- Por favor, tenha misericórdia. Perdão.
- Agora é tarde.
- Não faça isso comigo, eu tenho muito pra viver ainda.
- Deveria ter pensado nisso antes.
- Me fala, por favor, o que faço para me desculpar. Faço qualquer coisa.
- Qualquer coisa?
- Qualquer coisa.
- Então me fala uma coisa. Quem você tirou?


homenagem aos fofoqueiros e fofoqueiras do CNA,
que não sossegavam e quase me subornaram a fim
de saber quem eu tinha tirado.

Ah, o amor

Um dia, um Mestre perguntou aos seus discípulos: "Por que as pessoas gritam, quando estão aborrecidas?"

Os homens pensaram por alguns momentos, e... "Porque perdemos a calma", disse um deles. "Por isso, gritamos".

E o Mestre: "Mas, por que gritar, quando a outra pessoa está ao lado? Não é possível falar-lhe em voz baixa? Por que gritar a uma pessoa que está ao lado, quando se está aborrecido?" Os homens deram algumas outras respostas, mas, nenhuma delas satisfazia ao Mestre.

Finalmente, ele explicou:

"Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. E para cobrir esta distância precisam gritar, para poderem se escutar... Quanto mais aborrecidas estejam, mais forte terão que gritar para se escutarem, um ao outro, através da grande distância que se forma entre elas.

Vejam: o que sucede quando duas pessoas se enamoram? Elas não gritam; elas falam suavemente entre si. Por quê?

Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. E mais: muitas vezes, nem falam; somente sussurram e ficam mais perto, ainda, um do outro. Ao final, nem necessitam, sequer, sussurrar, somente se olham e isto é tudo. Assim é quando duas p essoas se amam: estão sempre próximas em seus corações, ainda que distantes fisicamente. Quando não mais se amam, ainda que estejam perto uma da outra, seus corações estão distanciados um do outro...

Logo, quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem. Falem baixo, mesmo assim; não gritem. Não digam palavras que os distanciem mais. Chegará um momento em que a distância será tanta que vocês jamais encontrarão o caminho de volta..."

Tuesday, December 20, 2005

Eu quero o açaí de 300

É incrível. Sempre que eu ia cortar o cabelo, nunca ficava do jeito que eu queria. Talvez eu não soubesse explicar direito... ou.. ah, sei lá. Saía do cabeleireiro fula da vida, tendo que me acostumar àquele corte novo. Talvez eu devesse mesmo ir-me embora para Pasárgada.

Mas hoje foi tão diferente. Fui a um estabelecimento diferente, vi trans diferentes, todas muito simpáticas recepcionistas. O cara que cortou meu cabelo foi um lindíssimo que tem mãos de ouro e é fã de açaí. Amei tudo. Assim como eu queria.

Ana Paula e Samuel

_ Não quero me arriscar.
_ Não estou te chamando para pular de pára-quedas, apenas para jantar!
_ O pára-quedas me parece mais seguro.
_ Vc tem medo de quê? Sempre me disseram que pareço inofensivo.
_ Esse é o problema.
_ Eu parecer inofensivo? Bom, se você preferir posso fazer umas tatuagens, colocar piercings por todo o corpo e treinar uma cara de mau! O que te assusta tanto?
_ Você.
_ Por quê? Eu fiz algo errado?
_ Não e isso é assustador! Você parece não errar em nada, tem sempre as respostas certas, não perde uma piada, é autêntico, inteligente, defende as suas idéias como quem realmente acreditas nelas, não as usando só para impressionar. Você é transparente demais, nem tem medo de dizer que é fã de Adivaldo Perseu e todo mundo ri porque parece que você é o único ser que o conhece! Só falta você me dizer que é fundador de uma ONG!
_ Er... na verdade eu faço parte de uma sim!
_ Tá vendo! Você é... certinho demais!
_ (Risos...)
_ Até o sorriso é perfeito. Quem olha acha que você nunca teve uma cárie!
_ Nunca tive, mas se isso faz você se sentir melhor, eu acordo com mau hálito!
_ Não! Não acredito! (risos)
_ Sabe o que eu queria de verdade? Apenas a oportunidade de te conhecer melhor. De perto ninguém é perfeito, ninguém é bom o suficiente, ninguém é ideal e é justamente isso que torna uma relação especial, você saber todos os defeitos que aquela pessoa tem e estar disposto a conviver com cada um deles, não ter medo, vergonha ou pudor de demostrar tudo o que se é, o que se deseja ser, que direção deseja tomar por mais estapafúrdia que ela seja.
_ E se você não gostar do que vê em mim?
_ Para eu gostar de você eu não preciso gostar de tudo o que vc faz, de todas as suas atitudes, admirar e concordar com todos os seus pensamentos.
_ Entendi... tipo um CD que a gente compra só porque uma faixa parece ser a música de nossas vidas mesmo que tenhamos pago um dinheirão e ele venha com mais umas 10 músicas que não nos dizem nada ao íntimo?



Um ano depois

_ Lembra de quando a gente começou a namorar?
_ Lembro... bons tempos, não é?
_ Quase...
_ Como assim, quase?!? Para mim foram muito bons.
_ Para mim não porque eu idealizei demais. Fui tão tola que achei que você não tinha defeitos!
_ Eu te avisei que tinha um monte deles, não foi propaganda enganosa.
_ Eu sei, não estou te acusando de nada, apenas pensando no quanto a vida nos prega peças. Aliás, não sei bem se a vida ou nós mesmos. Eu lembro que uma das coisas que eu mais gostei em você foi o fato de ser transparente e hoke isso me irrita a ponto de preferir que você minta do que disparar tudo o que pensa como uma metralhadora descontrolada que acaba ferindo tanto gente... fora as vergonhas que a sua espontaneidade que eu tanto amava já me fez passar!
_ Eu lembro também o dia que descobri que vc alisava o cabelo e tinha colocado silicone, parece tolice, mas foi uma grande decepção.
_ E eu não sei? Até hoje eu lembro a sua cara! Seria cômico se não fosse trágico! Ah! E ainda tem o Roberto Carlos! No primeiro dia quando você me disse que era fã dele enquanto eu falava empolgada de diversos shows de bandas atuais, eu achei o máximo o seu gosto diferente dos demais caras da sua idade. Já hoje em dia eu acho uma tortura ter que ouvir toda hora os mesmos discos já tão arranhados...
_ E por falar em disco...
_ Lembrei da história do CD também, foi o argumento que me conquistou e hoje eu vejo que você estava errado.
_ Concordo.
_ Cansei de ouvir repetidamente a mesma faixa, as demais me fizeram muita falta.

Com certeza amor é muito mais do que isso, é muito mais do que se apegar em características tão superficiais e afirmar que se pode conviver com todo o resto, é muito mais do que admirar pequenas partes sem ter noção de todo o conjunto.





só na atividade...

porque eu gosto deles com todos os defeitos.

xxx

Sunday, December 18, 2005

Uma dúvida

Todo mundo sabe da minha paixão pela língua inglesa, cujo aprendizado é, insofismavelmente, mais fácil, quando comparado ao da língua portuguesa. Mas são duas línguas lindas. Bem, vamos à dúvida que me fez escrever isso aqui.

Prof. Moreno, me ajude. Eu escrevo "fotinho" ou "fotinha"?

Moreno_ Embora a tradição gramatical considerasse "-inho" e "-zinho" como duas variantes do mesmo sufixo, hoje se sabe que são dois elementos completamente diferentes, quanto a sua natureza e quanto a seu comportamento. O elemento "-zinho" funciona como uma espécie de adjetivo preso ao vocábulo primitivo, mantendo com ele a mesma relação de concordância que os adjetivos mantêm com os substantivos: um cometa, um cometazinhO; um poemA, um poemazinhO; uma tribO, uma tribozinhA. O elemento "-inho", no entanto, funciona como um sufixo especial, que conserva o A ou o O final do vocábulo primitivo, independentemente do gênero ser masculino ou feminino: um poemA, um poeminhA; um cometA, um cometinhA; uma tribO, uma tribinhO; um sambA, um sambinhA. No Português, pouquíssimos são os vocábulos femininos que terminam em O: além de tribo, temos a libido (um latinismo importado por via científica) e os dois vocábulos moto e foto, criados modernamente pela redução dos compostos eruditos motocicleta e fotografia. Por isso - se formarmos diminutivos usando "-inho" - vamos ter a motO, a motinhO; a fotO, a fotinhO. É natural que as pessoas achem estranhas essas duas formas, dada a sua extraordinária raridade nos padrões do nosso vocabulário.


Thank you.
Have a nice day.

Então é Na... aff...

Christmas?

Vendo o dinheiro ir e voltar {isso poderia ser assunto pro Roda Gigante III, mas que fique pra mais tarde}, me lembro de todas as coisas supérfluas que são compradas - acho que se eu pudesse vender tudo pelo mesmo preço ou um pouquinho a mais, eu estaria bilionária. Exemplo clássico: o valor total dos CDs originais... meodeos! Dinheiro é como o tempo... Que venham os ricos, dizer-me que dinheiro é o de menos... eu desejar-lhes-ei que todas suas casas gigantescas caiam! Mas voltemos ao assunto do Natal. Ruas lotadas, shoppings lotados, é simplesmente horrível. Andar sem esbarrar em alguém é impraticável. E o que eu quero de Natal? Sei lá, não faço a mínima idéia.

How about you? What do you want for Christmas? *pede que eu te dou ;)


Talvez eu peça ao Papai Noel algumas coisas... Por falar no Noel, semana passada quando fui ao correio não pude evitar de ouvir duas mamães conversando. Uma ouvia e, a outra, com um bolo de cartinhas na mão a serem enviadas, dizia que estava mandando cartas para seus filhinhos, sobrinhos e afilhados... E que as cartas vinham do Pólo Norte. meodeos...será que o enganar as crianças está indo longe demais? Sei lá... quem sabe seja só criatividade mesmo.

Lembro-me de quando eu descobri. Foi um pouco tarde, eu acho. Acho que meus pais testaram minha inteligência. Ou melhor, subestimaram-na.

E o que eu quero de Natal? Ganhei alguns presentes de alguns alunos... "Natal é época de presentes"... meodeos...

Vou deitar e pensar sobre isso.
Good night.

Renato

O sol brilhava, brilhava até mesmo de noite. Nos olhos dele, a visão sóbria das coisas. Renato finalmente acordara. Ele que, sempre muito loquaz, interiorizava-se, em busca de respostas para as perguntas que a si mesmo fazia, por meio de introspecção. Não, não havia respostas! Não havia pergunta alguma! E a confusão dentro dele? Precisava entender. Memória obstruída, ele não se lembrava de nada, e pior: tudo era confuso. O que fora real, o que fora sonho, o que fizera na noite de ontem? Ele não se lembra. Ele quer lembrar o que fez com Marina, porque tem flashes dos traços dela na cabeça. Lembra-se também de uma conversa telefônica, um banho rápido e... Sua memória, de certa forma, aflora, mas ele sente que é o limite. Pensa em certos fatos e sente-se incrivelmente culpado pelo que fizera. Culpa, culpa profunda. Arguia-se incessantemente, até que, mais tarde, decide ir à casa de Tânia, sua namorada de cinco meses. Confessa a ela que houvera traído-a na noite passada com Marina, mas que pensava nela a todo instante. Ora, como pôde Renato inventar algo assim, apenas para absolver-se? Nem ao menos tinha certeza do que lembrava! Porém, não lhe faltou astúcia: queria ser o primeiro a contar isso a Tânia. Ela ficaria sabendo por outra pessoa e, de fato, seria extremamente pior. Tolerância e aceitação não é o que ele recebe, entretanto. O namoro terminava ali, sem dó, nem perdão, nem nada. Tudo que fortificava o permanecer de Tânia naquela cidade era Renato. Na mesma hora, embora com medo de ser impulsiva, ela decide viajar para rever e ficar com os pais. A revolta era inexplicável. O que restava a ele, afinal, senão aceitar? A seqüência de fatos em sua cabeça continuava importunando-o, afinal, não era, de fato, uma seqüência: era uma confusão regada a sentimentos ruins dentro de si. O jogo acabara. Ele desiste de entender, nada iria fazer algum sentido e seria lucro se ele se lembrasse de algo. Todavia, chega de esforços. Aquilo estava acabando com a sua integridade, até mesmo física. Decide ligar para Marina, a fim de que pudesse ser desculpado e tudo estaria acabado. Seu mundo cai novamente. Nos olhos de Renato, o sol brilhava como nunca ao ouvir "ontem? ontem a festa foi ótima, mas deixe disso, homem, minha sobriedade apenas me permitia a dançar uma música dos Beatles com você... foi muito engraçado, você se balançava todo frente a mim, e eu também". Renato pensava que tivera entendido tudo, mas a cada minuto entendia menos ainda. Pensou em ligar para Tânia mas soaria deveras incoerente, ao menos por enquanto. Tentou lembrar-se de outras coisas mas não adiantou. Deitou na cama e dormiu, esperando que os anjos trouxessem paz à sua cabecinha.


* esse texto está cheio de má literatura;
os ecos e ambigüidades foram propositais.

Tuesday, December 13, 2005

Lidos nesses dias chuvosos

Eles não me entendem
Eu quero que eles me entendam
Mas eu não quero
Não quero
Eu não quero sê-los
Eles não entendem -
- Não entendem
A mágica do existir

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Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia, por mais juntos que estejam,
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir -
nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo é aquilo
que ouvimos e chamamos de silêncio.

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Eu não sei o que me satisfaz
Mas eu sei que ele sabe
Eu sei como ele age
Ele sabe o que faz

Esse homem parece que tem fome
Quando olho nos olhos dele
Ele não só me olha - me deseja -
Ele me consome

E a lua cheia também
Não entende de onde isso vem
O que esse moço tem

Ele é cheio de mistérios
Isso deveria fazer-me tédio
Mas não faz não

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O meu amor por você se estabeleceu
Sem motivo, sem porquê
Tudo isso é muito belo
Mas o que sinto por você
Não sinto por Lucas
Rafael
Pedro
Marcelo
Então deve ter um porquê.

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Se eu faço tudo isso por fazer
É porque eu não quero o seu reconhecimento
Se você atribui ao tempo toda a culpa
É porque nesse mesmo tempo tu não fizeste nada -
- Nada -
Para que tudo enfim mudasse

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e o mais foda.... ;D

Quando eu beijo a tua boca
O teu corpo me entrelaça
E a vontade de ti não passa
Como se nada mais tivesse graça

Nós nos comunicamos com os lábios
E de olhos fechados eu
ainda posso te olhar.

O que me encanta são os teus traços
Quando o beijo acaba
E eu caio nos teus braços
Eu volto a te olhar...

O mundo não pára lá fora
Violência, catástrofes, desigualdade
E essa chuva

Então tu dizes que me desejas
Tu me olhas e me beijas
E esse beijo...
Esse beijo vai durar
O quanto ele quiser durar

xxxx
that's all folks!